terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Com muitas proposições, curso encerra mais uma etapa

Encerrou nesta terça-feira (14), em Brasília, a parte teórica do curso Os desafios da intervenção política e sindical. Os participantes, após se reunirem em grupos, apresentaram uma série de propostas. Na quarta (15) e quinta-feira (16) haverá a parte prática do curso.

Os sindicalistas e militantes que participaram da etapa de Brasília avaliaram positivamente o curso e apresentaram uma série de sugestões para qualificar a intervenção sindical. “Queremos agradecer e parabenizar a Advocacia Garcez pela realização deste curso de formação política e sindical, buscando alternativas e caminhos para que possamos levar à sociedade ações no sentido de enfrentarmos e resistirmos a essa tentativa nacional de retirada de direitos dos trabalhadores, em especial com a reforma trabalhista,a reforma previdenciária e tantas outras ameaças que pairam sobre os trabalhadores brasileiros. Foi uma iniciativa excelente e saímos daqui mais fortalecidos nessa luta que é de toda a sociedade”, destacou Jorge Dotti Cesa, diretor da FEPAGRO/SC e da FISENGE.

Propostas

Após dividirem-se em grupos, os participantes relataram ao conjunto dos participantes suas avaliações e sugestões para a intervenção sindical. Uma das propostas que surgiu foi a de informar a população sobre as desonerações promovidas por governos estaduais para beneficiar grandes empresas no mesmo momento em que falam em crise nas contas e atrasam salários do funcionalismo. Os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul foram usados como exemplo.
Outra sugestão foi a criação de comitês e comissões nos sindicatos para estudar e debater temas que não se limitem às questões sindicais. Na opinião dos participantes, os sindicatos devem elencar pautas que dialoguem com diferentes segmentos da sociedade para incorporar suas lutas e promover a reaproximação necessária.

As entidades devem fazer, na opinião dos participantes do curso, esforços para profissionalizar suas comunicações, com a contratação de profissionais da área e capacitação de dirigentes e funcionários dos sindicatos para melhor utilização das redes. Isso, no entanto, não substitui as formas convencionais de comunicação, como a edição de boletins informativos, panfletos e a entrega direta desses materiais aos trabalhadores.

Também trataram da necessidade de fazer mapeamentos sobre o perfil dos parlamentares e manterem-se mobilizados junto às bases eleitorais de deputados e senadores. 

Combater a imagem negativa sobre o sindicalismo na sociedade também é um desafio a ser perseguido. Segundo os sindicalistas presentes, um caminho para isso é buscar formas de diálogo com bases mais conservadoras. Citaram como exemplo os trabalhadores que defenderam o golpe e hoje são atingidos pelas medidas retrógradas do governo golpista.

Por fim, um encaminhamento foi o de apoio à proposta da CUT de unificar a pauta do 8 de março - Dia Internacional das Mulheres em torno da reforma da previdência, que atinge ao conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras.
                                                   Fotos: Eduarda Brogni


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